terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sabe, acordei com uma coisa ruim hoje. Acho que foi aquele 'meu bem, a gente tá tão distante, né' que você verbalizou ontem. E eu tive que concordar porque você tinha razão, você tem razão, venho falando disso há dias com você, mas minha língua é grande, é o que você diz, então tava na esperança de que fosse só uma má impressão minha. E acho que isso é medo, não que nunca tenhamos passado por isso, porque você sabe, não é a primeira vez que eu reclamo, mas a minha língua é grande, você sempre diz. Mas agora você verbalizou. E me deu um medo. É como se saísse da minha neurose pra realidade. Mas isso não muda nada, muda? Verbalizar? Mas isso me deu um medo, me dá um medo. Medo da gente se perder nas palavras não ditas, nos dias não compartilhados. Não, hoje não, tô cansada (o). Medo da gente se perder nas mensagens com falhas ao enviar, nos bom dias não dados, nos dias não compartilhados. Ah, hoje, só o de sempre, muito trabalho. Medo da gente se perder nos boa noites não dados, nos dia não compartilhados. Meu bem, não consigo ligar pra você, tô indo dormir. Beijos. Medo da gente se perder na  falta de carinho antes do amor, sem sonhar um com outro. Hoje, pela primeira vez, eu tô com medo de te perder. Medo de te perder sem que você sinta minha falta. Só hoje, verbaliza também o que você sente por mim, só hoje. Mas o importante é o que eu faço e não o que eu falo. Mas isso não muda nada, muda? Verbalizar? Hoje me deu um medo de te perder, então muda sim, diz, por favor. Porque eu também te amo e não quero te perder pelas palavras não ditas, pelo que não foi verbalizado.

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