Perguntou a garotinha mais uma vez, frisando, mais uma vez, que aquela seria a última vez. Querendo se fazer de forte, torcendo para que a resposta fosse diferente. De tantas idas e vindas e brigas com ou sem motivo, a garotinha estava cansada. Cansada de terminar e voltar, mas ela simplesmente não sabia aceitar o fim, o fracasso da relação. Ainda mais quando havia tanto amor. Terminava. A garotinha ia atrás.
- Eu te amo. - Ama não. - Amo sim. - Também te amo.
Voltava. Mas dessa vez, ela precisava ser forte. Segurando as lágrimas.
- É a última vez que eu vou perguntar, é isso mesmo, tem certeza? - Absoluta.
Pronto. Era o fim. A garotinha só tinha que aceitar. Tão nova, a garotinha e amanheceu com os olhos inchados, outra vez. É garotinha, foi bom, né? Um dia acaba mesmo. Lembra? A cinderela teve que ir pra casa à meia noite. E já é manhã, acorda garotinha. Essa vida é muito boa, garotinha. Mas a gente sofre mesmo.
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