quarta-feira, 14 de março de 2012

O primeiro aniversário.

Era uma mês de namoro e eu nunca tinha trocado presente de namorado antes, já era dia, eu tinha aula, um trabalho pra terminar e ainda tinha que comprar o seu presente? O que eu ia dar? E o que você ia me dar? Fui em mais de um shopping e escolhi um desses presentes fofinhos, dessas almofadas, perfeitos somos eu e você! Achei a nossa cara só que ao contrário! hahaha A tarde voou e eu me arrumei, aquela expectativa sobre onde nós iríamos e como seria. Você com aquele seu jeito enjoado mandou eu escolher e eu sou realmente péssima nisso, ficamos de decidir na hora. Eu cheguei e você apareceu, lindo como sempre, usando uma camisa social cinza, parecia que tínhamos combinados porque eu tava de blusa cinza também. E aí você vinha com uma rosa, todo sorridente, se achando, a coisa mais linda que poderia existir! Sentado no sofá da sala de espera estava meu presente, um urso lindo! Você acertou, eu adoro ursos, trocamos os presentes ali mesmo, no deck do seu prédio. E lá passamos nosso primeiro aniversário de namoro, escolhemos o nome do dudu juntos, e nos divertimos tanto, conversando bobagem, trocando beijos e rindo à toa. Éramos mesmo loucos, já era tarde da noite e saímos a pé para lanchar ali perto, um perto com caminho estranho, perigoso. Mas com você eu estava segura! Você com essa confiança e esse achismo todo, me fazia a pessoa mais feliz do mundo!

Eu te amo.

Foi a primeira vez que você disse e você estava bêbabo, os bêbados amam todos. Eu não sorri, mas nem sei explicar tamanha minha felicidade. Você tava lá no carnaval, bebendo, e eu aqui, ia encontrar voce no dia seguinte. E nós ficávamos sério, éramos exclusivos, mas não namorados. E você me ligou, bêbado, naquele barulho pedindo pra que eu fosse logo. E eu disse que iria no dia seguinte aí você soltou
- Eu te amo.
- Tá.
E acabamos aquela ligação, aquele tá era pra ser um 'eu também, fica comigo pra sempre, casa comigo e milhões de baboseiras e romantismos, mas foi só um tá. Ali eu já te amava, mas eu não sabia se aquele seu 'eu te amo' era real, você tava bêbado. E então depois do começo do nosso namoro você perguntava frequentemente se eu o amava, eu me limitava a responder que não sabia. Sim, sim, sim! Milhões de vezes! Eu te amo! Mas mandam a gente esperar para falar, sem banalizar.. E hoje, eu digo, como já disse milhões de outras vezes, eu te amo! É tanto amor que nem sei como cabe em mim.

E o amor, eu jogo no lixo?

É fácil jogar minhas lágrimas fora, elas escorrem facilmente, sem parar. Eu choro porque você não confia em mim, choro pelo seu ciúme bobo e exagerado, choro por mim, por  você, choro pelo nosso amor. Nós já brigamos tantas vezes, e em tantas parecia que era o fim, mas nos demos novas chances, reconhecemos nossos motivos bobos, nos desgastamos um pouco. Mas só nós sabemos o que fomos, só nós sabemos a intensidade de cada abraço ou cada beijo depois de cada briga, cada um com seu gosto de felicidade, valor e reconquista. Só nós sabemos das nossas brincadeiras, dos nossos tratamentos, dos nossos risos à toa, da companhia e da falta que um fazia ao outro. Só nós sabemos a graça daquela flor, daquela folha. E as pessoas são capazes de imaginar o que está por trás daquele retrato, mas só nós sabemos daquele momento e do que ele significou. Só nós sabemos de nós, eu de você e você de mim. Só nós sabemos que tudo que nós vivemos foi lindo! E poderia ser pra sempre lindo, se nós tivéssemos aprendido a dádiva da honestidade e a graça da confiança. Nós erramos, você, eu, nós tivemos motivo pra desconfiar um do outro, mas se tivéssemos entendido que éramos um do outro e só, teria sido mais fácil, menos ciúmes, mais confiança, mais segurança. As minhas lágrimas, eu jogo facilmente fora, mas, e o amor, ele não acaba com o nosso fim, o que você fez com o seu, jogou no lixo?